sábado, 30 de setembro de 2017

ROTA DOS CASTELOS 2017

Boas companheiros/as do pedal

" Rotas dos Castelos, passeio organizado pelo Clube de Btt Zona 55

Dois dias a pedalar em autonomia total. 

Nesta Rota na Beira baixa, visitámos seis castelos. 

No Primeiro de Penha Garcia até Castelo Branco. (locais de visita Penha Garcia / Idanha-A-Velha / Idanha-a-Nova / Castelo Branco) 

E no Segundo, Castelo Branco até Penha Garcia. ( Castelo Novo / Proença-A-Velha / Monsanto / Penha Garcia).

Estadia em Castelo Branco, no Hotel Tryp Colina do Castelo "


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* SEXTA-FEIRA *
Dia 22 Setembro 2017

Eu e a Yuliya fomos para Penha Garcia. Lá já estavam mais dois amigos do pedal. Quase 4h de viagem, na boa sem pressa. Ao sair da A23, outro amigo liga. 

O Nicolau, até me tinha esquecido que ele e a Tânia também vinham nesta aventura. Combinámos com eles irem ter a Penha. Ao chegar a Penha Garcia, instalámo-nos. E fomos jantar ao Cantinho da Laura. Pouco depois aparecem Eles.

Ao todo éramos seis.

Ainda não tinham chegado o Nicolau e a Tânia
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Pena a Mónica e o Hugo não terem vindo connosco. Quiseram ir à parte.

Jantámos bem. Colocámos a conversa em dia. 

Quase toda a gente que conheço neste meio, muitos deles se conhecem através de mim. Estou um Relações Públicas do caraças! 

Finalizando esta parte. 

Quarto para três, afinar as últimas coisas e dormir que aventura ia começar no dia seguinte.

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* SÁBADO *
Dia 23 Setembro 2017

Vestir e tomar o pequeno-almoço, reforçar bem o estômago. 

E arrumar as últimas coisas. Separar o que era para levar na travessia e o que era para a organização levar para o Hotel. 


Ainda no Quarto - Casa Santa Catarina
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Eu e a Mónica tivemos de levar os carros para o local de encontro estipulado pela organização. E o Hugo e a Yuliya tiveram de levar cada um, duas bikes para o mesmo local. 

BINA CLINICA representada na Yuliya

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Levantámos os nossos dorsais. E reencontramos o Nico e a Tânia. Foi feito um pequeno Briefing do que seria a travessia. Feito. 

Subimos ao primeiro castelo da rota. O da Penha Garcia. Muito bonito. E que bela trepa para começar o dia. 

Ao chegar ao topo. Já sem fôlego pelas duas razões. Vista e trepa. Voltámos a concentrar-nos mas desta vez para outra foto sem as máquinas.

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Depois disso era dado a hipotética partida. 

Liguei o GPS, coloquei o track em questão e siga...

Mais ao menos isso. Ainda subimos ao Castelo. Depois descemos e lá fomos nós.

Os primeiros metros mal dava para pedal. Uma pequena rota pedestre apelidada pela Rota Fóssil. 

Pouco depois já dava para circular... Mas não em toda a extensão, aquilo tinha uma passagem a descer mas de bicicleta era um perigo passar ali.


Vista dos Castelo Penha Garcia
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Rota fóssil - Pedestre
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Piscina Fluvial
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Zona técnica
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Pelo menos com a roda 29, as curvas eram muito apertadas. Ainda consegui fazer lá uma curva, mas foi a única. A queda era demasiado grande e aparatosa para estar arriscar assim tanto. 

Ao sair da zona de Penha, entrámos em estrada secundária e logo a seguir em estradão. Pouco depois cruzámo-nos com o Nico e Tânia, e mais 95% do percurso andámos com eles. Excelente companhia

Deste primeiro dia, tive uma quebra de ritmo. Uma queda, mesmo queda! No inicio nada de especial, mais para o fim do dia, ressenti a pancada que dei na queda com as costelas numa pedra. Que mais posso dizer. 

Companhia fantástica. Yuliya. Nicolau e Tânia, fomos ao banho na albufeira da barragem marechal Carmona.


Água estava fenomenal
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Foto ficou engraçada
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Logo a seguir a este momento de descontracção, retomámos rumo à rota, e fomos apanhados pela organização, que fechava o pelotão da 1ª etapa, eh eh eh, éramos os últimos. Tomei-lhe o gosto, o mais importante era divertir-nos e acabar.

Durante a volta, dei uma pequena queda, na altura, esfolei um pouco o cromado, e bati com as costelas numa pedra, mas como estava quente, nem notei, só notei mais para o fim do dia, doía-me a respirar. E o meu último reforço uma lata de atum ao natural.


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Queda
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 * Barragem Marechal Carmona *
No fim da passagem, tinham umas partes bem loucas!
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Ao chegar a Idanha-A-Nova, foi o caos para arranjar um local onde almoçar, primeiro parámos numa Pizzaria Helena, atendimento horrível. Mais não digo. 

Entretanto fomos à procura de alternativas, eu e a Yuliya perdemo-nos do resto do grupo, e depois de encontrar uma das alternativas faladas, não se encontravam os nossos companheiros de pedal, e voltámos para trás, isto tudo, deve ter demorar uma hora.


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Até aqui fomos super mal atendidos, numa das vez que a rapariga que nos estava a servir, houve algo que nos esquecemos de pedir, e ela atacou logo, Vejam lá se quer mais alguma coisa, ficámos para morrer, deve ser da região de certeza, andava tudo stressado.

Reforçamos bem o estômago e siga, que já se fazia tarde.

Prosseguindo  

Ao seguir o track, demos com um miradouro, tirámos algumas fotos, que vista, que paisagem, pouco depois teríamos o primeiro dos seis furos que houve nesta rota, no total dos dois dias. E passado uns bons quilómetros, fui solidário com ela e furei ao mesmo tempo, de tão chateado, nem tirei fotos. 

 Idanha-A-Nova

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1º furo dos Seis
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Pouco depois o 2º e 3º furo dos 6
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Pouco depois dos furos, tive a minha grande quebra física, o motor começou a dar o berro. Preço que paguei pelas diversas acelerações e contínuas e parvas, em vez de manter uma cadência certa, acelerava e abrandava, e naquela momento, ia precisar de forças e já não as tinha. 


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Preço bem caro, o que valeu, é que geri o resto das minhas forças, e se não fosse o Nicolau com um antídoto anti-cãibras, já não chegava à hora que chegámos a Castelo Branco

Nem queria imaginar, que tal liquido previne as cãibras, não é bem prevenir, mas, quando se sente o tremor na perna, coxa ou gémeo, convém beber nessa altura, um golo grande, nunca mais os tive, milagroso.

Bebam este liquido quando sentirem os tremores
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Melhor que uma barra energética
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Já não havia grande paciência para fotos, queria era chegar ao destino final, ao entrar em Castelo Branco, o hotel ainda ficava distante e bem lá no alto. Já dentro da cidade, andávamos um pouco perdidos, a porcaria dos Garmin Oregon 450 ficam atrofiados dentro das localidades e por vezes perdem o sinal. 

Aconteceu-me isso algumas vezes, não digo todos, o meu é velhote, talvez precise de alguma actualização.

Ao chegar ao Hotel, já de noite, e um dia para esquecer para mim, devido à queda e à minha quebra de ritmo. Ao chegar, tivemos a recepção da Mónica e do Hugo ficaram com as máquinas, lavaram-nas, enquanto fomo-nos tratar. 

Eu estava imundo, nunca cheirei tão mal numa volta, sério, estava podre. Banho tomado, lá fomos nós para o jantar, comi tanto, pedi duas garrafas de água das pedras, para me sentir melhor. 

A Yuliya, só queria ir para a Piscina, e também havia o Jacuzzi, foi a melhor opção, estava com um pouco de receio, devido ao que tinha comido, que chatice, só para nós, ficámos lá até à hora de fecho passar, não muito. 

Ao regressar para o quarto, o Hugo já tinha ligado a betoneira. Na altura não ligámos muito a isso, fomos para a casa de banho trabalhar, como tínhamos pedido para se comprar umas camaras de ar, mas como ficava longe, não se comprou. 

Tivemos de arranjar uma solução a única que havia era remendar o que estava furado. Remendámos e lavámos a roupa da travessia, era a única que tinha trazido. 

Remendadas as duas camaras de ar, e a roupa já pronta para secar, lá nos deitámos, a Yuliya só se queixava da betoneira do Hugo, e eu apaguei num ápice. 

1º dia foi assim
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* FIM 1º Dia *


* DOMINGO *
Dia 24 Setembro 2017



* Bom dia Castelo Branco *
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Noite muito bem passada, quando saímos só havia meia dúzia de gatos pingados, se calhar nem isso.

Fomos ao pequeno almoço, reforcei bem, aproveitei para levar uns pães com conduto para o almoço. Ao sair fizemos uma boa parte de estrada, ainda seguimos um bttista que não tinha nada a ver com a Rota, e lá voltámos para trás, não ficámos muito longe do track.

Andámos alguns quilómetros bem, no dia anterior estava um pouco assustado, devido à má prestação, se o primeiro dia foi como foi e com 85 km, imaginava o 2º dia muito pior com 94 km, que forma 98, sofrer por antecipação, tenho essa mania.

Passámos por um café, beber uma mini, comprar uma garrafa de 1,5L de água fresca, e tentar pôr um pouco de gelo no saco de hidratação da mochila, melhor ainda, encheram-me o saco todo, até transbordar, que chatice, andei com água fresca até aos quilómetros 80.

Parámos só em Castelo Novo para almoçar, ao entrar na Aldeia, uma vista muito triste, tudo ardido, e um novo obstáculo, estavam a mudar a calçada de uma passagem, e por onde tínhamos de entrar.

Que triste cenário
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Entrar em Castelo Novo
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Local de Almoço
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Castelo Novo
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Fonte Local  escolhido para o almoço
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Ruínas do Castelo - Castelo Novo
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Cavaleiro-Mor e SObRE Dad
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Logo a seguir só parámos pouco tempo em Orca, tinham dito que havia um restaurante das piscinas estava aberto, mas ficava longe do local onde está em Proença-A-Velha, ups, se contarmos pela paragem do primeiro furo do dia e o 4º da conta total, estávamos com um andamento altamente, com poucas paragens, até à data. Recordo-me ela a dizer, é pá isto não pode estar acontecer, e estava mesmo!

Aqui ainda nos cruzámos com outros bttistas
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4º furo
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Maçarico a encher o pneu, e a camara de ar a sair 
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A chegada a Orca, encontrámos a primeira figueira com figos comestíveis, parámos um pouco, reabastecemos de água e não havia tempo a perder, prosseguimos caminho até Proença-A-Velha, ao chegar fomos brindados por mais um furo, o 4º da conta pessoal da Yuliya e o 5º na totalidade. 

E sem esquecer da fonte que tinha água a saber a ferrugem que era uma coisa doida. Foi a última que abasteci, que nojo...

Pequenos mas bons
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Igreja em Orca
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A caminho de Proença-A-Velha
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* Proença-A-Velha * 
Pessoal de Coimbra 
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FidalByke / Barreiro
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4º Furo
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Já domina a arte de mudar camaras de ar 
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Destino final, Monsanto
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Monsanto no horizonte
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6º e  último furo da travessia, tão cedo não se há-de esquecer
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Com aproximação da Vila, o pavor começava-se a instalar
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Tarik da Beira Baixa
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Esta miúda anda que se farta!
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A única SObRE na Travessia
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Adeus Monsanto
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Numa das fotos refiro-me à subida de Monsanto como pavor. Realmente foi um pavor, a sua progressão. Já fiz algumas abordagens a serras, com altimetrias bem piores, mas aqui com às milhentas moscas que pairavam em cima de nós. 

A descida tinha aviso de algo técnico, era em calçada, até foi divertido, seria mais se ainda tivesse ambos os pneus em tubeless. Com a camara de ar que tive de pôr no dia anterior, a bicicleta deixou de ficar divertida a descer.

Eram os últimos dez quilómetros, e para não variar, éramos os últimos a chegar. Ainda deu para apanhar um susto, e que susto, num zona onde havia uma serração, desviei-me do track por distracção e ao retomar num trilho ao lado, nem reparo no que está à minha frente, um estendal camuflado, arame azul marinho ou verde, só sei que não o vi, sinto  um esticão na cabeça para trás e o capacete preso junto à testa, de tal forma foi o esticão que me partiu o capacete. Paro estupefacto com o acontecimento, e tento perceber o que se tinha passado.

Trilho alternativo
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Eis o arame
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Estradão, era o trilho do track
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Resultado -  estado do capacete
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Após o susto, continuámos o passeio, já faltava pouco para chegar a Penha. Muito estradão, mais para o fim, uma enorme subida, que se fez bem, apesar de estar super cansado, e a ideia de voltar no mesmo dia para Lisboa, assustava um pouco, precisava de descansar e a magana que estava comigo, queria pirar-se logo.


O céu dava um espectáculo de cores
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Yuliya em grande plano
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Penha Garcia À Vista
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2º dia foi assim
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FIM do 2º Dia

Ups, busted a descansar... teve de ser assim
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Quero fazer um Grande AGRADECIMENTO à Yuliya, minha companheira de viagem! És uma máquina, não treinas e chegas aqui, fazes o que fizeste, sobes tudo, tens uma energia inesgotável... Obrigado por me teres aturado!

Agora sim - Finito!