sábado, 2 de junho de 2018

RH18

Olá companheiros/as do pedal

Dia D já tinha chegado. Levantei-me bem cedo para arrumar tudo e sair com tempo de comer algo.

Ao chegar ao ferry boat, esperava ver alguém conhecido, mas para meu espanto não apareceu ninguém. 

Passado uns minutos apareceram quatro bttistas, trazendo alforges. 

Fiquei contente, já teria companhia pelo menos até Santiago do Cacém.

Dois de Lisboa, um de Alenquer e outro de Alverca. Estes iam tambem fazer a Rota Vicentina, mas junto ao Mar.

Trocámos contacto, mal chegámos a Tróia comecou-se andar. Já nos arrozais da Comporta, estivemos sempre juntos.

Depois pararam no Carvalhal para reforçar o estômago e eu continuei.

Quando eu parava, eles passavam-me, e vice-versa.

Ao entrar em Melides, há aquelas distracções de não olhar para o GPS e depois temos de voltar para trás.

Retomando ao caminho, pouco depois de abandonar Vale Figueira, desta vez não parei e segui caminho.

Ao entrar na serra, começaram as picadas. Eram três. Desces tudo o que há para descer e voltas a subir. A primeira era mais acentuada que as seguintes, e por isso doeu um pouco mais.

No fim desta, lá estavam eles. Com outro andamento, também não os quis atrasar.

Fui na minha, parava para tirar fotos, gravar algumas descidas e respectivas paredes.

Ao entrar em Santiago do Cacém, eles seguiram para sul, zona industrial, e eu para norte, Castelo e Igreja matriz.

Depois veio o primeiro martírio.

Segui o track, uma estrada em sentido proibido, e que parede, lá fui eu. Ao chegar ao topo, fui à procura dum local para reabastecer. Passou um carro, e pedi informações, para o meu espanto, era tudo lá em baixo.

Alternativas não tinha. Fiquei fulo, mas tive de ceder, e desci tudo. Ao chegar à indicação que me tinham dado. O restaurante tinha as janelas tapadas e a porta fechada, e sem espaço para guardar a laranjinha.

Pus a mesma com o cadeado a bloquear as rodas ao quadro, e deixei-a à frente da entrada do restaurante.

Assim estava mais descontraído e dava para a controlar.

Estômago bem reforçado, fiz-me novamente à estrada. Imaginem só o que tinha de fazer, pois é, trepar tudo.

O cansaço começava-se a instalar o que era péssimo. Ainda tinha que fazer 40km, 70km já estavam feitos.

A descida para sair de Santiago do Cacém, era muito louca, liguei a câmara e siga. Todo o cuidado era pouco.

Descer tudo para voltar a trepar tudo que havia para subir. Já me habituava da ideia do empeno que vinha aí.

No almoço falei com o meu amigo Narciso, que conhece muito bem este percurso. A pedir informações a partir daquele local. 

Então, eu pensava que dali até ao Cercal era mais soft, e afinal era um parte pernas, sobe e desce constante. Hum, não gostei, mas tinha de ser feito.

Já num dos topos, filmei aquela paisagem maravilhosa. 

Houve zonas, que parecia que andava na via algarviana. O cheiro da vegetação!! Cheirinho a mel. Oh pá, não dá para expressar em palavras o que sentimos.

Além do parte pernas, encontrei muita, mas mesmo muita areia. Só faltava ver mar. Esse elemento nem vê-lo!

Também havia alguns acessos vedados com portões, bastava abrir e voltar a fechar. A parte mais dura foi sem dúvida o Vale Seco. Que empeno.

Depois foi tudo muito rolante até às barragem de campinas, o famoso abastecimento da mítica maratona Alvalade - Porto Côvo.

Deu para tirar mais umas chapas, que vista maravilhosa.

Só quem anda no meio da Natureza é que por vezes presencia momentos únicos. Num dos vídeos que fiz, estava a filmar-me e à minha frente, talvez uns 3m, estava um Milhafre a planar à caça. Fiquei fascinado.

Após esse belo momento, voltei ao track, já se fazia tarde e ainda faltavam uns 8km. Há muito que me ressentia duma velha lesão no joelho direito. Estes últimos quilómetros custaram imenso.

Ao chegar ao meu destino. A primeira preocupação era tomar um banho. E pôr biofreeze no joelho magoado. Para atenuar a lesão. 

Fui jantar, voltei ao quarto, voltei a pôr pomada, desta vez um gel recuperador, é mais intenso que o biofreeze. Editei as fotos, criei os álbuns. E depois fui descansar.

Infelizmente durante a noite não consegui pregar olho, acordei imensas vez com dores. E então decidi aí, que a Rota Histórica tinha chegado ao fim.

É triste, estava tão empolgado... Melhores dias virão!

Um GRANDE AGRADECIMENTO À M, MUITO OBRIGADO!

sexta-feira, 1 de junho de 2018

PRÓLOGO - RH18

Olá companheiros/as do pedal

Ontem 31Maio, antecipei-me à minha ida para Setúbal.

No princípio ia só para Setúbal hoje, dia 01Junho. 

Como tinha de sair de casa ainda de madrugada. Levar o carro estava fora de questão, ia logo a pedalar. 

E à hora que era, tornava-se chato. Então, decidi logo ontem de manhã por antecipar a minha vinda para Setúbal.

Assim já não corria o risco de perder o primeiro ferryboat, às 07h30. 

O comboio da fertagus saía de Lisboa às 06h17 e com pelo menos uma hora de viagem e uma distância de dois quilómetros, o risco de não chegar a tempo era enorme.

Assim vim mais cedo. 

Almocei o delicioso choco frito, junto à avenida Luísa Todi. Esteve uma tarde digna de verão, calor e sol.

Fiquei hospedado no Hostel Day Off, que fica nem a 500m do Ferryboat. Melhor impossível.

Quero Agradecer à minha osteopata, por ter deixado a minha perna como NOVA! Obrigado Diana... Contratadissima!


Sem esquecer que também há uma música que ouvi por acaso no Spotify, ya sou viciado nesta app, e que marcou.


Logo às 06h20, hora de sair da cama e preparar tudo para arrancar. Tomar o pequeno almoço reforçado. Logo será a etapa maior. Tróia ao Cercal, 110km.

Nada melhor como comemorar o dia da criança. 

Bom dia e fiquem bem!

segunda-feira, 14 de maio de 2018

VICENTINA

Boas companheiros/as do pedal

Este ano queria fazer o tão desejado 4em1, que na última hora juntei mais um caminho, e neste caso o projecto mudou de nome para 5em1. 

Também decidi que já não ia o fazer, devido à falta de treino. Não quero arriscar uma viagem desta dimensão sem treino.

No entanto, não ia ficar em casa sem fazer nada. Isto das travessias são o meu combustível. 

Fui convidado por um amigo fazer a Rota Vicentina - "Pescadores" em quatro dias, sem etapas definidas, e Aceitei! 


AZUL - PESCADORES
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Esta começará em Tróia, passando por Comporta, Melides, Santiago do Cacém, Porto Covo, Milfontes, Almograve, Odeceixe, Aljezur, Carrapateira, Sagres. E depois Lagos.

Entretanto, há outra versão da Rota Vicentina que tenho curiosidade, a Histórica. Dizem que é a original, e mais duro. Gosto de desafios.


A Histórica, também começará em Tróia, tudo igual até Santiago do Cacém, depois muda de direcção para o Cercal, Odemira, São Teotónio, e volta a unir em Odeceixe com a dos Pescadores.

ROTA HISTÓRICA
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Como não quero ir até Sagres, como irei com eles, mudei a Rota, tudo igual também chateia, sendo assim vou até Aljezur, e aí viro para o interior, em direcção a Marmelete, um pequeno troço que liga com a Via Algarviana, depois aproveito o track que fiz em 2016, mas vou só até Bensafrim é depois aí mudo novamente de direcção para Lagos, por outro track pedestre que saquei recentemente no Wikiloc.

MUDANÇA DE ROTA
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Arregacei as mangas e preparei a viagem. Farei em três etapas, tudo pronto. 

Falta apenas chegar o dia D.

Actualizei a minha lista de material a levar. 

Pareço um miúdo à espera das férias de verão. Super ansioso. 

Será um bom teste. 

Uma Rota mais árida, muitos quilómetros sem ver ninguém. Locais únicos. Todos são, mas uns mais interessantes que outros. 

O que me move é aventura e as paisagens que vejo... 

Isto sim é saber viver!

Continuação de boas pedaladas